Anvisa cria Disque-Intoxicação 0800-722-6001

A população e os profissionais de saúde contam agora com um 0800 para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações. A Anvisa criou o Disque-Intoxicação, que atende pelo número 0800-722-6001. A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat).

A Renaciat é uma rede coordenada pela Anvisa, criada em 2005 pela resolução RDC 19. É composta por 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats), espalhados em 19 estados brasileiros. Os Ciats funcionam em hospitais universitários, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e fundações. Há estados que ainda estão em processo de abertura dos centros, como Amapá, Acre, Maranhão e Tocantins.

Quando o usuário utiliza o 0800, sua ligação é transferida para o Ciat mais próximo da região de onde a chamada foi originada. Os 36 centros estão preparados para receber ligações de longa distância, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano.

Gerando respostas rápidas, o 0800 presta esclarecimentos à população e auxilia os profissionais de saúde a prestarem os primeiros socorros e a prescreverem o tratamento terapêutico adequado para cada tipo de substância tóxica. Em alguns casos, o atendimento pode ser presencial.

“Os serviços prestados por esses centros salvam vidas. Queremos que, com o Disque-Intoxicação, o profissional de saúde, na emergência, ao procurar um Ciat para saber como proceder com um paciente intoxicado, seja atendido e orientado. Isso servirá também para uma pessoa leiga que necessite buscar informações sobre algum tipo de intoxicação”, ressalta o coordenador da Renaciat e médico sanitarista da Gerência-Geral de Toxicologia da Anvisa, Jorge Sayde.

O número do 0800 será informado em rótulos e bulas dos produtos regulados pela Agência e em avisos indicativos em hospitais, laboratórios e clínicas.

Renaciat

Com uma rede de informação sistematizada, é possível delinear um mapa da situação do país no que diz respeito à intoxicação. Os profissionais nos Ciats documentam todos os atendimentos prestados à população e encaminham as fichas para um banco de notificações. Assim, as informações coletadas chegam mais rapidamente à Anvisa e ao Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox).

“A Agência precisa saber se existem casos de intoxicação com produtos registrados aqui. Não dá para receber essa informação dois ou três anos depois de quando aconteceu o problema. Hoje, o nosso sistema de vigilância epidemiológica está muito aquém do que necessitamos, especialmente no que se refere à intoxicação. Não há obrigatoriedade para o profissional de saúde, principalmente o médico, fazer e encaminhar as notificações à Anvisa. Em nossos centros, essa prática faz parte da rotina dos técnicos”, explica Jorge Sayde.

Para a toxicologia, é fundamental saber se em determinado mês foi registrado número expressivo e recorrente de intoxicação por um mesmo produto. Informações como essa permitem que empresas sejam contatadas pela Anvisa para rediscutir responsabilidades e reavaliar a segurança de seus produtos.

Para dar mais agilidade ao serviço, os Ciats estão sendo reestruturados com equipamentos de informática de última geração e cadastrados junto ao sistema de notificação integrada, o Notivisa. O objetivo é transformá-los em fonte para o novo sistema informatizado de notificação e investigação de efeitos adversos causados por produtos submetidos à Vigilância Sanitária e queixas técnicas, que está sendo desenvolvido pela Agência.

Fonte: ANVISA – Disque-Intoxicação

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